Caros amigos,
Nem sei como vou conseguir escrever essa postagem, pois estou muito, muito mal, mas meu "Bebê Branquinho", o Floquinho de Neve, merece essa homenagem.
Ele veio com seus dois irmãos, Chiquinho e Chiquinha, ainda na barriga da Lila, minha rainha, que me fez ser o que sou hoje e que me levou a iniciar esse projeto. Era o irmão do meio. Nasceram dia 05 de setembro de 2007. Sábado que vem, completaria 8 anos, junto com seus irmãos.
Durante seus quase oito anos de vida, foi algumas vezes ao médico. Teve fungos no rosto, difíceis de curar, mas com antibióticos e cortizona ficou bom. Isso lhe rendeu um corpinho mais "gordinho", pois era esguio até então. Teve problemas urinários, mas também foi resolvido. Muito branquinho, aprendi que não deveria deixá-lo exposto ao sol, depois que ele ganhou um pintinha preta no nariz e fui pesquisar. Não era nada demais, graças a Deus, apenas ficou sendo seu charme.
De uns poucos dias pra cá, percebi que ele havia perdido alguns quilos, pouca coisa, mas que mãe percebe logo. Já estava tudo programado para fazer um check-up nele para esses dias. Mas seu comportamento estava normal: carinhoso, meigo, comendo e bebendo água, usando a caixa de areia...
Ontem percebi uns "grãos" estranhos nas fezes da Lila e resolvi dar vermífugo pra ela. Peguei os comprimidos e resolvi dar a todos do meu quarto. Como sempre, ao me sentar na cama, ele veio pedir carinho e aproveitei para dar o remédio a ele primeiro. Tudo correu normalmente: segurei na nuca, abri sua boca e coloquei o remédio. Ele sacudiu a cabeça e se lambeu, como todo gato faz após tomar remédio. Fui lavar as mãos na pia do banheiro do quarto para dar o remédio à Lila. De repente, o vi se esticando todo! Parecia que sentia alguma dor. Fiz massagem no peito, assoprei no rostinho dele, enfiei o dedo na garganta (ganhei minha última mordida dele...), tentei fazê-lo vomitar, corri com ele pra sala e chamei a Julia, que me ajudou a tentar fazê-lo vomitar e ele ora desfalecendo, ora reagindo. Era um pouco mais de meia-noite. No desespero, liguei pra vet deles, mas pela hora ela devia estar dormindo. Rezei muito, clamei muito, mas para meu desespero e angústia, meu filho se foi... e eu nem sei o que exatamente aconteceu, mas me culparei eternamente por ter resolvido dar o remédio a ele. Sei que é uma ideia talvez esdrúxula, mas "e se".... talvez ele ainda estivesse aqui comigo, com seu miado típico e rouquinho: "au-uauau...". Sim, meu bebê miava "au-uau" e "conversava" muito com a gente.
Um pedaço de mim se foi com ele. Eu não sofria tanto assim desde a partida da Helena...