quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Falta de água pode tornar o mundo vegetariano

Wilson Grassi 
Médico Veterinário

Diariamente, um bilhão de mulheres, homens e crianças vão dormir com fome, enquanto 10 milhões morrem por desnutrição a cada ano. Se ainda hoje o mundo não conseguiu sanar esse mal, que afeta um em cada sete de seus habitantes, como é que vamos alcançar a segurança alimentar para uma população que em 2050 chegará a 9 bilhões de pessoas?

Um novo estudo mostra que a solução para evitar uma catástrofe alimentar passará por uma mudança quase completa de uma dieta a base de carne para uma mais centrada em vegetais. E isso deverá acontecer por um único motivo: a escassez de água. É o que aponta o relatório “Alimentando um mundo sedento: Desafios e Oportunidades para a segurança hídrica e alimentar”, divulgado ontem na Suécia, por ocasião da Semana Mundial da Água.

A análise mostra que não haverá água suficiente para alcançar a produção esperada em 2050 se seguirmos com a dieta característica dos países ocidentais em que a proteína animal responde por pelo menos 20% das calorias diárias consumidas por um indivíduo.

Na ponta do lápis, de acordo com os cientistas, a adoção de uma dieta vegetariana é atualmente uma opção para aumentar a quantidade de água disponível para produzir mais alimentos e reduzir os riscos de desabastecimento em um mundo que sofre com extremos do clima, como a seca histórica que afeta os Estados Unidos. O motivo é que a dieta vegetariana consome de cinco a dez vezes menos água que a de proteína animal – que hoje demanda um terço das terras aráveis do mundo só para o cultivo de colheitas para alimentar os animais.

“A capacidade de um país de produzir alimentos é limitada pela quantidade de água disponível em suas áreas de cultivo”, ressalta um trecho do relatório, que alerta sobre a pressão atual e crescente sobre esse recurso natural usado de forma cada vez mais insustentável. Segundo previsões da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, da sigla em inglês), será necessário aumentar a produção de alimentos em 70% nos próximos 40 anos para atender à demanda. Isto colocará uma pressão adicional sobre os nossos hídricos, num momento em que precisaremos também alocar mais água para satisfazer a demanda global de energia, que deverá crescer 60% em três décadas, salientam os cientistas.

Fonte: Exame

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Breno, uma estrelinha a mais no céu dos gatinhos...

Coração triste, faltando um pedaço...

Breno, um Dignicat resgatado em 2009 e adotado pela Raquel, em 2010. 


Tratado como príncipe por todos da casa, virou estrelinha há algumas horas. Fui com ela e seu pai, levando o Peter para doar sangue
para ele, mas ele não resisitiu. Nem chagamos a vê-lo. Ele partiu enquanto aguardávamos a vet chegar do almoço. Estava apenas nos esperando para poder partir. Espero que ele ao menos tenha sentido nossa presença no local.
A hipótese é de que foi hemobartonela. Foi tudo muito rápido e a Raquel correu com ele pro vet assim que notou algo diferente, na segunda-feira. A anemia estava profunda, talvez nem resistisse à transfusão.

Agradeço a Raquel e sua família que acolheram esse nosso Dignicat e deram a ele a vida que ele sempre mereceu. Ele foi amado e feliz. Agora ele foi se encontrar com a Luna, que era sua "namoradinha" enquanto ele estava aqui.
Vá meu filho, descanse em paz e que os santos anjos te acompanhem.

Agosto de 2009 - 29 de agosto de 2012

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Convivência com animais de estimação estimula desenvolvimento da criança


Cachorros e gatos podem fazer muito bem à saúde de bebês e crianças

Oferecimento GNT  / Por Renata Demôro
Cachorros e gatos podem fazer muito bem à saúde de bebês e crianças. Além de estimular a afetividade e o sistema locomotor, pesquisas mostram que o convívio não causa alergias – e poderia até diminuir a incidência do problema. De acordo com estudo recente, publicado na revista “Clinical & Experimental Allergy”, crianças que convivem com estes animais desde o primeiro ano de vida tendem a ter menos sensibilidade a seus alérgenos. A pesquisa acompanhou a rotina de 565 participantes do nascimento à vida adulta.
De acordo com Renata Leivas, veterinária do Projeto Pêlo Próximo, “outros estudos mostram que a convivência diária com animais constrói crianças mais calmas e que fazem amizades com maior facilidade. Já aquelas que não gostam de animais ou os maltratam apresentam mais chance de desenvolver problemas emocionais ou distúrbios de comportamento”.
Crianças devem receber tarefas relacionadas aos animais
Autora do livro “Mãe e Bebê: Uma Relação Pré-Natal”, a psicóloga Cristina Feijó explica que “os pais precisam designar tarefas aos filhos, relacionadas aos mascotes. A criança pode ficar responsável por trocar a água ou a ração e lembrar a mãe de passear com o pet. Essa atitude estimula o sentimento de doação e o vínculo afetivo com o animal, além de oferecer noções importantes sobre a necessidade de seguir regras”, explica a psicóloga.

Animais de estimação devem participar da recepção do bebê
Renata Leivas diz que é preciso preparar os pets que já vivem na casa para a chegada do novo morador – nesse caso, o bebê. “O animal precisa ser socializado antes da chegada da criança. ”É possível colocar sons de choros de bebê pela casa, que são facilmente baixados da internet. Para donos que dormem com cães e gatos na cama, aconselho retirar esse hábito gradativamente, bem antes do nascimento”, dá a dica. Ela também orienta que os pets cheirem roupinhas, carrinho, brinquedos e tudo que envolva o universo do bebê.

Cães podem ser incluídos na volta da maternidade, “o cachorro pode ir até o lado de fora da porta e acompanhar a chegada do bebê. Essa atitude faz muita diferença para condicionar o animal, já que ele não verá a criança como um invasor e, sim, um novo membro da família. Já os gatos não devem sair de casa. Para eles o ideal é cheirar o bebê assim que chegar", diz Renata.
Crianças precisam respeitar limites dos animais
Segundo Cristina Feijó, “cabe aos pais explicar para os filhos que os pets não são brinquedos. Para evitar brincadeiras bruscas, que podem render arranhões ou mordidas, o ideal é mostrar que eles também têm hora para comer, dormir e se divertir, assim como nós. Impor limites e acompanhar as atividades das crianças com os mascotes são boas maneiras de promover essa convivência tão saudável e benéfica para a saúde das crianças”.