quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Bethoven Dignicat

O pequeno Bethoven foi deixado na Praça, mais precisamente, na rua, dentro de uma caixa lacrada, para que um carro passasse por cima dele!!!

No domingo, dia 04 de novembro, eu ouvi os miados quando fui jogar sobras de ração dos cachorros para os pombos da praça (sim, eu alimento os pombos e as formigas!). Fui indo na direção dos miados e encontrei, num "buraco" entre o chão e o tronco de uma árvore, uma coisinha minúscula, encolhida, tremendo de medo, fome, frio...

Um rapazinho daqui do bairro ouviu os miados e, como não poderia levá-lo para casa, desamarrou a caixa e o colocou na praça, deixando a caixa como "casinha" para que ele se abrigasse. Quando me viu com o pequeno nas mãos, ao voltar (sei lá de onde), me contou essa história triste e ainda disse: "poxa, por que as pessoas não castram seus bichos, né?!" - Esse rapaz é super bacana; o conheço desde menininho; agora ele deve ter uns 14 anos e já é um SER HUMANO!

Lotação esgotada? Sim! Mas não há como deixar um filhote tão pequeno morrer à míngua e dormir em paz!

Pensei em mandá-lo para uma pet daqui de perto imediatamente, mas percebi que isso não o ajudaria me nada, pois o coitadinho miava sem parar, provavelmente por falta da mãezinha e dos irmãos. E deve ter sido isso que ocasionou o abandono: as marmotas não tiveram paciência em esperar que o pobrezinho se adaptasse à nova vida, tão pequeno, sem a mãe, sem os irmãos! Estava gordinho e sem pulgas! 

Os miados ininterruptos duraram apenas dois dias e meio! Logo ele se adaptou ao novo ambiente e, pasmem, foi adotado pela cadela Laila Camile! Os outros gatos ficaram revoltados com a presença do "intruso" e fizeram greves, gritaram, foram pro quintal etc. Agora, aos poucos, as coisas estão voltando para o eixo. Já não estão desesperados, mas também "não dão ideia" pro pequeno. Apenas o Yuri (um doce) já está se achegando a ele. Bem, é a vida que segue!
Adote o Bethoven!  (=^.^=) 



sexta-feira, 2 de novembro de 2012

"Por que não vão defender as crianças com fome?"


RESPOSTA À PERGUNTA DE ALGUMAS PESSOAS
por Francisco José Papi

Questão interessante. Vamos ver se essa eu consigo responder de modo didático. 

1) Quem faz esta pergunta admite que existem dois tipos de pessoas no mundo: As Pessoas Que Ajudam e as Pessoas Que Não Ajudam. 

Além disso, admite também que faz parte das Pessoas Que Não Ajudam, afinal, do contrário, diria "Por que não me ajudam a defender as crianças com fome?", ou "Venham defender comigo as crianças com fome!", ou "Não, obrigada, vou defender as crianças com fome". 

Então ela se coloca claramente através de sua escolha de palavras como uma Pessoa Que Não Ajuda. 

É curioso a Pessoa Que Não Ajuda, não faz nenhum esforço para ajudar, mas, sim, para tentar dirigir as ações das Pessoas Que Ajudam. É bastante interessante. Se eu fosse até sua casa organizar sua vida financeira sob a alegação de que eu sei muito mais sobre administração familiar eu estaria interferindo, mas ela se sente no direito de interferir nas ações que uma pessoa resolve tomar para aliviar os problemas que ela encontra ao seu redor. 

É uma Pessoa Que Não Ajuda, mas ainda assim quer decidir quem merece ajuda das pessoas Que Ajudam e o nome disso é "prepotência". 

2) Pessoas Que Ajudam nunca vão ajudar as "crianças com fome". Nem tampouco os "velhos", os "doentes" ou os "despossuídos". E sabe por que? 

Pessoas Que Ajudam agem em cima do que existe, do que elas podem ver, do que lhes chama atenção naquele momento. Elas não ajudam "os velhos", elas ajudam "os velhos do asilo X com 50,00 reais por mês". 

Elas não ajudam "as crianças com fome", elas ajudam "as crianças do orfanato Y com a conta do supermercado". 
Elas não ajudam "os doentes", elas ajudam o "Instituto da Doença Z com uma tarde por semana contando histórias aos pacientes". 

Pessoas Que Ajudam não ficam esperando esses seres vagos e difusos como as "crianças com fome" baterem na porta da sua casa e perguntar se elas podem lhe ajudar. 

Pessoas Que Ajudam vão atrás de questões muito mais pontuais. 

Pessoas Que Ajudam cobram das autoridades punição contra quem maltrata uma cadela indefesa sem motivo. 

Pessoas Que Ajudam dão auxílio a um pai de família que perdeu o emprego e não tem como sustentar seus filhos por um tempo. 

Pessoas Que Ajudam tiram satisfação de quem persegue uma velhinha no meio da rua. 

Pessoas Que Ajudam dão aulas de graça para crianças de um bairro pobre. 

Pessoas Que Ajudam levantam fundos para que alguém com uma doença rara possa ir se tratar no exterior. 

Pessoas Que Ajudam não fogem da raia quando vêem QUALQUER COISA onde elas possam ser úteis. Quem se preocupa com algo tão difuso e sem cara como as "crianças com fome" são as Pessoas Que Não Ajudam. 

3) Pessoas Que Ajudam são incrivelmente multitarefa, ao contrário da preocupação que as Pessoas Que Não Ajudam manifestam a seu respeito. (Preocupação até justificada porque, afinal, quem nunca faz nada realmente deve achar que é muito difícil fazer alguma coisa, quanto mais várias). 

O fato de uma pessoa Que Ajuda se preocupar com a punição de quem burlou a lei e torturou inutilmente um animal não significa que ela forçosamente comeu o cérebro de criancinhas no café da manhã. Não existe uma disputa de facções entre Pessoas Que Ajudam, tipo "humanos versus animais". 

Então, como dizia meu avô, "muito ajuda quem não atrapalha". Porque a gente já tem muito trabalho ajudando pessoas e animais que precisam (algumas até poderiam ser chamadas tecnicamente de "crianças com fome", se assim preferem os que não ajudam). 

(este texto pode e deve ser reproduzido) Escrito em 13.04.2005


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Esta pergunta é típica de quem não faz nada por ninguém nem por causa alguma. 
Como dizia o Barão de Itararé, “de onde menos se espera é que não sai nada mesmo”.


Este texto circula por toda a internet entre os protetores e todas as pessoas que amam os animais. Como não é de bom tom publicar um texto sem citar a fonte, divulgo um dos sites onde é possível encontrá-lo: